Se tem um titulo que a gente pode confiar é o titulo de “Sound of 2015” – ou qualquer outro ano – dado pela BBC Music a um artista britânico anualmente. A BBC quase sempre acerta nas escolhas de aposta, pra você ter uma ideia, eles escolheram anteriormente nomes como “Keane” (2004), Corinne Bailey Rae (2006), Mika (2007), Adele (2008), Ellie Goulding (2010), Jessie J (2011), HAIM (2013) e Sam Smith (2014).

E a aposta pra 2015 é o trio eletrônico Years & Years. A banda é formada por Mikey Goldsworthy, Emre Turkmen e o vocalista Olly Alexander (que também é ator, e pode ser visto na ultima temporada de Skins e em Penny Dreadful).

O trio já fez alguns shows em festivais europeus em 2014, e seriam uma das atrações do Meca Festival que aconteceu neste último final de semana, no Brasil. Eu disse seriam, pois eles cancelaram a vinda poucos dias antes do festival, o que resultou em alguns comentários bem mau educados na fan page do Facebook dos garotos.

Oficialmente, os meninos lançaram alguns EPs, disponíveis no iTunes para download, e o primeiro disco está previsto ainda para 2015. Esse foi, inclusive, um dos argumentos para não vir para o Brasil, a apertada agenda para finalizar o álbum.

Hoje, eles disponibilizaram o vídeo para a faixa “King”. O clipe é uma interpretação coreográfica da letra da música. A coreografia, inclusive, foi criada por Ryan Heffington, que também criou a coreografia de "Chandelier" e "Eletric Heart" da Sia. A faixa é deliciosa que soma mais um vídeo para a videografia da banda, eles lançaram clipes para praticamente todas as faixas liberadas. 

PLAYLIST: SUMMER!

Primeira playlist do ano (feliz 2015, galera), e o melhor tema pra ouvir nesse inicio de ano é só um: sol, calor, praia, ferias, VERÃO! 

Pra começar o ano bem, pensamos em uma playlist sem Calvin Harris  bem versátil pra ouvir nessa estação maravilhosa. Tem musicas mais tranquilas pra quem quer descansar, tem música pra curtir uma praia, tem música pra ouvir na viagem e tem música pra ouvir em todas as estações. 

RUBEL: MPB com tempero norte-americano

Depois de um tempo longe do blog, venho apresentar-lhes uma verdadeira jóia: o disco "Pearl", do jovem Rubel. Lançado há mais de um ano, o disco não chegou até os ouvidos do grande público, mas deveria.

Delicado e sensível sem ser piegas, Rubel conseguiu nas sete músicas que apresenta, tocar corações delicados e sedentos por poesias que se transformam em músicas.

O próprio músico descreve o disco como um registro do tempo que passou em Austin, EUA. As músicas trouxeram seu jeito extremamente único de guardar a experiência de viver em outra terra.
No som do cantor percebe-se fortes influências da MPB e da nova música brasileira, mas com um tempero norte-americano, do folk de boa qualidade que é produzido nos EUA hoje em dia.

Música boa para respirar do mundo acelerado de hoje, para ouvir despretensiosamente ou para poetizar junto com as letras. O disco está disponível para audição no site: http://www.rubelpearl.com.br/

Para quem gosta de: Devendra Banhart, Cícero e Quarto Negro

GEORGE EZRA - Mais que só outro britânico bonitinho

Se você gosta de conhecer música nova, você provavelmente já ouviu Budapest, do britânico George Ezra. A música, de fácil apreciação e lembrança tem feito bastante sucesso e provavelmente vai fazer parte da sua playlist.

Mas o talento do cantor de 21 anos realmente merece atenção, ele traz uma voz madura para a idade, interessante e até certo ponto, versátil. O primeiro álbum do cantor, 'Wanted on voyage', lançado ainda esse ano, traz músicas delicadas, sem grandes adereços, não necessários diante da voz do garoto.

Tendo tocado no Glastonbury e conseguido entrar no Top 5 da lista 'Sounds of 2014' da BBC Music, o artista já se fez notar na Europa.

Uma das pérolas do álbum é a faixa 'Leaving It Up to You', delicada, com um refrão apaixonante, falsetes e um toque sintetizado.

Com certa pegada de blues, folk e muita musicalidade, o garoto tem a fórmula do sucesso: letras de fácil associação, uma 'persona' carismática e canções facilmente lembradas. Com influência confessa de Bob Dylan, esse britânico sai do óbvio e traz música interessante, com grandes perspectivas futuras.

Vale a pena ouvir: As faixas 'Cassy O' ', 'Did you hear the rain?' , 'Blame it on me'

A DRÁSTICA MUDANÇA DE BROOKE FRASER.

Brooke Fraser é uma cantora neo-zelandesa que provavelmente você - e o resto do mundo - não conhece. Brooke tem um sucesso relativo em seu país de origem - e também na Austrália - e se tornou conhecida devido a participações nos discos do Hillsong (uma igreja australiana que é referencia mundial em música gospel).

Mas a carreira solo de Brooke nunca foi religiosa. Ela falava de assuntos fofos e românticos que até tinham mensagem bíblicas - mas de maneira bem subliminar - e ao mesmo tempo, escrevia letras sobre escritores e festivais de músicas, como as faixas "Coachella", "Jack Kerouac" e "C.S. Lewis". Quanto a gênero, ela sempre esteve entre o pop e o folk, usando sempre instrumentos básicos como violões e pianos, entre outros instrumentos de corda. "Something in the Water", é sua música mais famosa, que ganhou o premio de "Single do Ano" e deu a Brooke o título de "Melhor Artista Feminina", "Escolha do Público", além de ter ganhado "Álbum do Ano" e "Melhor Álbum Pop" com o "Flags", tudo isso em 2011 no New Zeland Music Awards.

E depois de três discos e quatro anos de espera desde seu último álbum, Fraser resolveu se fazer ser ouvida e mudou totalmente a sonoridade de sua carreira. Deixou o folk fofo de lado e apostou em um som muito mais dramático, intenso e pesado. A algumas semanas atrás, ela liberou seu novo single, a faixa "Psychosocial" que deixa qualquer rastro de religiosidade longe. Nem parece a mesma artista.

Depois da mudança, Brooke passou a ser notada por sites de música indie como o Hype Machine, ao mesmo tempo que foi questionada por alguns fãs pela perda do fator religioso que a cantora sempre carregou. Não dá pra agradar a todos, right? 

Seu quarto álbum ainda não tem data nem nome divulgados, mas deve ser lançado ainda este ano. 

O CAMINHO INVERSO DE TAYLOR SWIFT

Na ultima segunda-feira (18), Taylor Swift retornou ao mundo da música anunciando seu disco novo, o “1989” – ano de seu nascimento –, e lançando a música e vídeo de seu novo single “Shake It Off”, tudo de uma vez só. Além de se tornar o assunto da semana, a cantora já tem o título de música mais vendida em uma semana de 2014 e, além de permanecer no topo o iTunes americano, ele pode estrear no #1 da Billboard Hot 100. 

Mas isso não é novidade, acho que posso dizer que Taylor Swift é a cantora que além de vender muitos álbuns (como Madonna e Beyoncé que não precisam de hits pra vender) e mesmo já consolidada na música country, vende singles como ninguém. 

Depois de várias inserções pop em seu último disco “Red” – como as faixas “I Knew You Were Trouble” e “We Are Never Ever Getting Back Together” – Taylor resolveu apostar todas suas fichas na música pop, abandonando completamente o gênero que sustentou sua carreira até então. 

“Shake It Off” é uma música fofa sobre como as pessoas enxergam a cantora, e ela faz até piada com o fato de namorar demais. Trás elementos atuais como trompetes e um dos refrãos mais grudentos do ano. 

Country é o gênero mais amado pelo público americano e artistas em busca de sucesso como Christina Agulera, Shakira e até mesmo Britney Spears apostaram no gênero em seus últimos álbuns – “Lotus”, “Shakira.” e “Britney Jean”, respectivamente -.

Mas Taylor decidiu fazer o caminho inverso. Abandonou uma certeza e apostou em uma dúvida. Tudo bem, música pop é um dos ritmos mais universais que existem, e em uma primeira audição, a nova faze de Taylor Swift pode agradar muito, mas o diferencial de Taylor Swift na multidão de cantoras pop era sua transgressão de gênero, ela não tocava apenas nas rádios country, ela não ganhava apenas prêmios de música country, ela conseguia com sua música simples e suas letras bonitinhas estar no mesmo patamar de grandes artistas pop, sendo a melhor artista teen de sua geração. 

Torço muito pela cantora e espero que a nova direção de sua carreira tenha sido uma decisão correta. O “1989”será lançado dia 27 de outubro.

ARCADE FIRE, quadros que cantam e jogos de espelho no novíssimo 'Already know'

Nessa manhã os fãs da banda 'Arcade Fire' já acordaram com novidade, foi lançado o clipe da música 'Already know', do álbum mais recente 'Reflektor'.

O quarto clipe lançado do disco vem explorando uma das ideias mais presentes no disco:  de ser observado, ver e ser visto. Com cara de amador, aparentemente filmado pelo próprio vocalista Win Butler, o jogo de espelhos no fim do vídeo pode parecer tosco, mas transmite muito do que a banda quis dizer nesse álbum.

Sem grandes produções, o clipe vem para continuar com a obra coesa que a banda tem lançado nesse último disco.